O 7 Café, um dos espaços mais emblemáticos da Marina de Vilamoura, fechou portas depois de mais de 25 anos a receber figuras do futebol, da política e do mundo empresarial. Conhecido pela ligação ao ex-internacional português Luís Figo e ao empresário Paulo Tong, mais conhecido como Paulo China, o restaurante e bar tornou-se, desde 1998, um ponto de encontro privilegiado de celebridades nacionais e internacionais.
Apesar da popularidade e de nunca ter enfrentado problemas financeiros, a decisão de encerrar surgiu por motivos pessoais. “Chegou a hora de fechar. As minhas filhas e as filhas do Luís Figo não queriam o espaço, ele tem os seus negócios e eu precisava de descansar”, explicou Paulo China, de 68 anos, em declarações ao "Correio da Manhã". O empresário, que enfrentou graves problemas de saúde após a COVID-19, decidiu reformar-se aos 66 anos.
O espaço, agora vendido ao fundo imobiliário americano Arrow Global, atual proprietário de Vilamoura, reabrirá no futuro, embora ainda não se saiba com que conceito.
Fundado em 1998, o 7 Café nasceu da união entre o antigo Clube Náutico, gerido por China, e o investimento de Luís Figo, então jogador do Barcelona. Rapidamente, tornou-se um local de paragem obrigatória para futebolistas da chamada “geração de ouro” e estrelas internacionais. “Foi uma bola de neve. Os jogadores traziam outros jogadores e o espaço ganhou vida própria”, recorda China ao "CM".
O ambiente descontraído atraiu não só atletas, mas também políticos, empresários e artistas. Presidentes de câmara, ministros de governos de Cavaco Silva, figuras da alta finança e celebridades da televisão partilhavam o mesmo espaço.
Conhecido pela simpatia e disponibilidade, Paulo China tornou-se a verdadeira alma do espaço. Mais do que gerir mesas e clientes, ajudava visitantes a entrar em discotecas, a encontrar restaurantes para jantares tardios ou até a arranjar transportes fora de horas. “No final do dia, não era só o restaurante. Era tratar das pessoas, das famílias, das festas. O telefone não parava de tocar no verão”, contou à publicação.
O empresário também organizou eventos que ficaram na memória, como um jogo solidário nos anos 90, em Quarteira, que contou com nomes como Guardiola, Cocu e Gascoigne.
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