Os sócios do Vitória de Guimarães elegem hoje o 24.º presidente da sua história, o homem que ficará encarregue de gerir os destinos do clube no próximo triénio, período para o qual estão previstos grandes desafios para as sociedades desportivas, nomeadamente a obtenção de proveitos significativos resultantes da centralização dos direitos televisivos.
Apresentam-se a sufrágio três candidatos, que ao longo da campanha operada durante o último mês foram dirimindo argumentos que, aparentemente, causaram uma divisão no universo vitoriano, o que não permite que alguém ouse apontar um nome como o grande favorito à vitória.
António Miguel Cardoso (lista A), empresário, residente no Porto e vitoriano de gema, apresenta-se pela segunda vez consecutiva ao ato eleitoral. Depois de ter sido derrotado em 2019, onde obteve uma votação superior a 30 por cento (mais de 2200 votos), volta a tentar garantir a cadeira do poder no clube tendo em conta essa base de apoio de há três anos, que alinhará na sua ideia de que o Vitória precisa de um abanão e, sobretudo, de uma redução substancial no orçamento, com cortes nos gastos.
Alex Costa (lista B), natural de Guimarães, antigo lateral-direito e treinador, é talvez a grande surpresa deste ato eleitoral, ao qual concorre com um projeto arrojado - não só com base na sua experiência enquanto futebolista profissional ao mais alto nível em Portugal, também com passagem pela Alemanha, e de treinador da equipa B vitoriana, onde não evitou a descida de divisão -, mas igualmente tendo como argumento primordial a questão financeira do clube. Quer mostrar que, além de um profundo conhecedor do fenómeno desportivo, pode ser um gestor que recoloque o Vitória no patamar de outros tempos.
Miguel Pinto Lisboa (lista C) defende a sua presidência e avança disposto a concretizar o seu projeto nos próximos três anos. Ao longo da campanha eleitoral, foi falando do trabalho que o clube tem feito e na rentabilização dos jovens formados internamente, uma política que tem muitos apoiantes. No entanto, os resultados da equipa principal de futebol têm sempre grande peso e o facto de o Vitória não estar a atravessar um bom momento na Liga pode ser um obstáculo para o atual dirigente máximo do emblema minhoto, cargo para o qual foi eleito no último sufrágio com mais de 50 por cento dos votos, recolhendo o apoio de 3584 sócios.
A decisão está nas mãos dos cerca de 9300 associados vitorianos elegíveis para votar, os quais neste dia, através do boletim de voto, têm o direito de renovar a confiança em Miguel Pinto Lisboa ou, então, virar o sentido da gestão do clube, entregando a liderança a outros rostos e outras ideias. As urnas estão abertas entre as 9 e as 19 horas, período durante o qual se decide o futuro do Vitória.
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