Imagine um guarda-redes que não pode usar as mãos na pequena área. Já conseguiu? Então agora veja o resultado. O protagonista é Felipe, guarda-redes do Corinthians, um dos mais cotados do Brasil e cujo nome até foi um dos muitos falados para o Benfica no defeso. O jogo era frente à Portuguesa, para o campeonato paulista. Há um livre de longe, a bola vai à figura e o guarda-redes deixa-a bater-lhe no corpo e passar, para dentro da baliza.
Felipe pediu de imediato desculpa aos adeptos. E tenta perceber o que aconteceu. «O Marco Antônio bateu para a área e eu esperei a bola saltar. Como o campo está duro, ela saltou mais. Eu tentei voltar, mas não deu. Foi um vacilo que quase colocou tudo a perder», afirmou o jogador.
Resta dizer que Felipe tentou redimir-se, com várias boas defesas na segunda parte de um jogo que terminou empatado a um golo. E foi uma conversa com o treinador ao intervalo que o fez levantar de novo a cabeça. «Não se pode esconder as coisas. O Felipe sabe que falhou. Um guarda-redes do nível dele não pode sofrer um golo assim, mas acontece. Ele tinha que entrar de cabeça erguida no segundo tempo», diz Mano Meneses.
«O Mano me deu uma chegada porque eu estava de cabeça baixa. No segundo tempo, pude fazer duas ou três defesas e não sofrer golos. A gente não se recupera facilmente, fica lamentando. Não é fácil sofrer um golo da forma que foi. É esquecer, anular aquele momento e tentar evitar mais erros», resume Felipe.
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