A Federação Francesa de Futebol anunciou esta segunda-feira uma primeira cedência nos contratos de patrocínio perante a pressão de Kylian Mbappé, que já avisara que não participaria nas sessões de fotografias por recusar ceder a sua imagem a certas marcas.
Em comunicado, a federação indicou que está empenhada em rever "no menor tempo possível" a convenção sobre os direitos de imagem dos jogadores da seleção francesa, quando até agora a sua posição era de que não seria modificada até ao Mundial, no Qatar, que se inicia em novembro.
A mesma alega que decidiu alterar a sua posição na sequência das "conversas conclusivas" que manteve com os representantes da seleção, as quais envolveram também o presidente da federação, o selecionador e um responsável de marketing. O objetivo, segundo a versão federativa, é estabelecer "um novo acordo que permita assegurar os seus interesses tendo em conta as legítimas preocupações e convicções expressas unanimemente pelos seus jogadores".
O futebolista Kylian Mbappé tinha-se recusado hoje, novamente, a participar numa ação publicitária da Federação Francesa de Futebol com patrocinadores, pressionando para a alteração dos contratos dos direitos de imagem dos jogadores.
Repetindo o gesto de março, o avançado do Paris Saint-Germain garantiu que a sua recusa nada teve a ver com o montante do dinheiro que ganha com os patrocínios, uma vez que os doa a associações de caridade, mas sim com o facto de não querer estar ligado ao que representam certas marcas.
Entre estas, não deseja estar associado a empresas de 'fast food', nocivas para a saúde, nem de apostas, que podem desvirtuar a integridade do desporto.
O futebolista há muito que pede a reformulação do acordo assinado em 2017 quando se estreou na seleção -- comum a todos os colegas - e que prevê um pagamento de 25 mil euros por jogo, sendo que a federação pode vender a sua imagem aos patrocinadores.
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