A tecnologia no futebol dá esta terça-feira mais um passo de gigante, com o início dos testes dos «foras de jogo semiautomatizados», como lhes chamou a FIFA.
O sistema pretende verificar o posicionamento dos jogadores em tempo real para facilitar a decisão dos árbitros e vai ser usado na Taça Árabe, competição que junta no Catar 16 seleções de Ásia e África - entre as quais o Egito de Carlos Queiroz e o Barém de Hélio Sousa.
Johannes Holzmuller, diretor de tecnologia e inovação da FIFA, disse que a nova ferramenta já foi testada em Inglaterra, Espanha e Alemanha mas apenas para avaliar se funcionava e como podia ser aplicada. Esta será a primeira vez que estará disponível para ser utilizada em decisões dos jogos.
«A tecnologia tem por base o seguimento dos membros», explicou Holzmuller. Para isso, cada um dos seis estádios da competição terá 10 a 12 câmaras instaladas no teto, recolhendo até 29 pontos de dados para cada jogador, 50 vezes por segundo. «Caso seja detetada uma posição de fora de jogo, um alerta automatizado é enviado para a sala de operações de vídeo. Mas no fim tem de ser o VAR a validar e a confirmar o suposto fora de jogo. Se isso acontecer, informa o árbitro da decisão.»
O sistema só não é automático, explicou Pierluigi Collina, o patrão da arbitragem da FIFA, porque, ao contrário do que acontece com a tecnologia da linha de golo, nos foras de jogo há espaço para interpretação. «A decisão é tomada pelo posicionamento dos jogadores mas também pelo seu envolvimento na jogada. A tecnologia pode definir uma linha mas a avaliação continua nas mãos dos árbitros. Mas sabemos que no VAR o processo de verificação dos foras de jogo pode demorar mais, sobretudo quando são no limite, e sabemos que o posicionamento das linhas pode não ser cem por cento correto. Por isso estamos a desenvolver uma tecnologia que ofereça respostas mais rápidas e mais precisas», justificou o italiano.
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