A carreira terminou há oito anos e, após um período dedicado à família, acompanhando a mulher e o crescimento dos filhos, Paulo Assunção avançou para um passo que há muito tinha projetado para a sua vida: tornar-se treinador. «Fiz o curso UEFA B em Aveiro com outros ex-jogadores, como Tonel, Hugo Almeida e Ricardo Costa, assim como o José Castro, que joga na Académica. Para concluir este nível é preciso realizar um estágio de meio ano e apareceu essa hipótese de o cumprir como treinador principal. Já que estou num processo de aprendizagem, começo com uma experiência como líder de um grupo», explica.
O contexto da sua entrada no FC Pedroso aconteceu na sequência de uma série de resultados negativos da equipa na Divisão de Elite Pró-Nacional. «A equipa estava a sofrer muitos golos e vinha de uma série negativa de resultados. Infelizmente, ainda não conseguimos reverter isso, mas é importante insistir no aspeto anímico, recuperar a confiança deles, tendo como suporte o trabalho no treino. A equipa está bem melhor em todos os aspetos, só falta ganhar. Não temos sido felizes, mas uma vitória será o clique para entrarmos no caminho que queremos. Como jogador passei por situações assim, agora como treinador procuro encontrar soluções para os problemas. Acredito que o trabalho é que nos vai ajudar a sair da situação em que estamos», é a sua convicção após cinco jogos em que foi derrotado sempre pela margem mínima.
Nada abala, no entanto, a sua confiança num trajeto seguro numa atividade que desde cedo quis abraçar. «Sempre tive a ideia de assumir um projeto como treinador depois de acabar a carreira de jogador. Após algum tempo a descansar e a estudar, sinto que estava na hora de passar os meus conhecimentos aos atletas, de ensinar tudo o que aprendi no futebol. Agora é trabalhar muito e agarrar as oportunidades que tiver. Motivação não me falta», é a garantia que deixa o agora mister Paulo Assunção.
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