«A parada é cada um levar um oitão [revólver de calibre 38], uma caixa de munição (...) umas vinte facas. Não é negócio de cabo de picareta, não. Leva pólvora, porra. Não pode vir com a mão, leva é pólvora, tem que levar é pólvora, o bagulho é sério. Leva gasolina já de casa, para fazer cocktail Molotov dentro do ónibus (...). O que vai de nego sem ingresso é duro (...). Vai acabar com Montevideu toda (...)».
A mensagem acima é de um adepto do Flamengo via Whatsapp. Inicialmente divulgada pelo colunista Mauro Cezar Pereira, no UOL, já está na posse da polícia, que antevê batalha campal entre as claques de Palmeiras e Flamengo nos cerca de 2000 km a caminho do Uruguai e já em Montevideu, onde no sábado os clubes disputam a final da Libertadores em novo episódio da rivalidade entre verdão e Fla mas, sobretudo, entre a Mancha Verde e a Raça Rubro Negra.
Do lado palmeirense, o tom das mensagens não difere muito: «Só para lembrar, tá? Caravana para o Uruguai não é passeio, hein. Sem fã clube, hein? Caravana do Uruguai é caravana de risco, daqui até ao Uruguai a torcida do Palmeiras vai ser a torcida das desgraças. Você que vai para fazer turismo, toma cuidado, hein? Toma cuidado, hein? Você torcedor do Palmeirão aí, tipo fã clube. É estrada, cara. É ódio, é ódio, hein?»
Os problemas remontam a um duelo no Maracanã em 1979 ganho por 4-1 pelos palmeirenses, treinados por Telê Santana, aos flamenguistas, no início da Era Zico.
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