Quatro vezes campeão em Portugal, Hulk será um eterno amado pelos adeptos do FC Porto, pelos golos espetaculares que marcou e potência de jogo que crescia nos grandes duelos. Com a anunciada saída da China muitos sonharam com um regresso e o brasileiro confessa que esteve em cima da mesa, mas prevaleceu outro desejo.
- Gostávamos de saber se o FC Porto o tentou contratar neste último defeso, se houve algum tipo de sondagens e conversas, desde que se soube que iria sair da China?
-Falámos sim, claro! Fui conversando com o FC Porto até porque todo o mundo conhece o carinho, respeito e amor que tenho pelo clube e gratidão, mais que tudo. O FC Porto mora no meu coração, não esqueço a forma como fui recebido e como sempre fui tratado tanto na cidade como no país. Conversámos mas penso que acabou por pesar o facto de eu querer voltar e jogar no Brasil passados 16 anos. Não tinha tido essa oportunidade na carreira, enquanto na minha passagem pelo FC Porto pude ganhar tudo em quatro anos realmente maravilhosos. Optei por ficar no Brasil para desfrutar do futebol brasileiro, estar mais perto da minha família. Se não fosse isso, tinha tudo certo para eu e o FC Porto fecharmos contrato. Estou longe mas ao mesmo tempo perto, sempre a torcer pelo sucesso do FC Porto e dos seus jogadores.
- Até o André Villas-Boas deixou esse desejo como adepto de o ver novamente com a camisola do FC Porto? E não faltaram adeptos nas redes sociais insistentemente a falar disso. Como desfruta dessa memória e desse desejo?
- É como falo e como sempre disse, o FC Porto é uma casa para mim, uma família que tenho pelo que construí nesses quatro anos muito especiais. Conseguimos fazer muita história, tanto no plano coletivo como individual. Só tenho coisas boas para falar, vou carregar eternamente comigo respeito e carinho. Ganharam um adepto para a vida inteira, estou atento e a torcer por um sucesso grande do clube. Saber que me querem é um orgulho, que se lembram tanto do Hulk é algo muito reconfortante.
- Falhou a derradeira oportunidade de voltar? E ao longo dos anos, apesar dos contratos milionários na Rússia e China, chegou a alimentar no íntimo um regresso a Portugal e ao FC Porto?
- Todo o mundo que me conhece e me acompanha sabe que deixo tudo em aberto quanto ao futuro. Não sei quanto tempo mais vou jogar, que futuro terei, assinei por dois anos mais um pelo Atlético Mineiro. Nunca se sabe. Com o passar do tempo passei a dedicar-me e a cuidar-me mais, sinto-me bem melhor fisicamente e isso ajuda muito para prolongar a carreira. Poderei ainda regressar à Invicta para jogar ou outra coisa, nunca se sabe! O que sei é que caso regresse será muito especial.
- Pelo que viveu no FC Porto e pela ligação que ficou com os adeptos, pode dizer-se que é um amor que perdura?
- Foi o clube mais especial por tudo o que envolveu, foi a minha chegada à Europa. A receção, sempre que volto, é um espetáculo, por onde passo, nos restaurantes... Marcou-me muito e no campo conseguimos ganhar tudo. E, além do mais, cheguei à seleção brasileira através do FC Porto. São muitas memórias para a eternidade.
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