Brian Deane falou há pouco tempo aos ingleses do Benfica. A BOLA deu-lhe a oportunidade de falar aos portugueses. A cicatriz de Souness, o robalo fresco em Cascais, os adeptos nas Docas a mandá-lo para casa, os arames no maxilar de João Vieira Pinto, o caviar de Ovchinnikov e muito, muito mais em pouco mais de uma época na Luz
- Como é que o Benfica o contactou? Foi Souness, alguém da Direção? Como aconteceu?
- Estava no Leeds e fui para o Sheffield United, tínhamos um projeto para o clube subir [para a Premier League]. Penso que foi pouco antes ou depois do Natal, ligaram-me a dizer: ‘Ouve, Brian, há uma oportunidade de ires para o Benfica.’ E eu fiquei tipo: ‘Uau.’ Porque, naquela altura, o Benfica, para mim, era… Ouvimos falar do Real Madrid, dos grandes clubes europeus, dos clubes de Milão, do Bayern, [o Benfica] era um desses clubes, sabe? E a primeira coisa que me bateu foi este sentimento de [pausa]… Eu? Não porque duvidasse da minha capacidade, mas pensei como me adaptaria, teria muito a provar desde o primeiro minuto que lá chegasse. Como jogador precisamos de ter alguma arrogância, de acreditar nas nossas capacidades e pensei: ‘Se não for agora, posso nunca mais voltar a ter uma oportunidade de jogar num dos clubes de topo europeus.’ Por isso, fui, discutimos o contrato. Para mim foi mais ter a oportunidade de jogar no estrangeiro num clube como o Benfica e depois… não queria ter voltado logo a Inglaterra, queria jogar em Espanha, mostrar o meu valor, queria que o meu próximo passo fosse numa das grandes ligas europeias, talvez Espanha ou Itália.
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