Gabi terminou a carreira e já pensa noutra: a de treinador.
O emblemático ex-capitão do Atlético Madrid pendurou as chuteiras de jogar no
Qatar com o compatriota Xavi Hernandes, alguém que tem o estilo oposto do jogo
que o antigo médio estava habituado, nos tempos do Vicente Calderón.
Em entrevista à Marca, Gabi garante que «física e
mentalmente» estava preparado para jogar e que teve «ofertas para jogar de
primeira divisão, incluindo Espanha», mas que não queria representar outro
emblema do país.
De resto, os dois anos passados no Qatar serviram para se
formar para «liderar um projeto» porque «gosta de estar perto dos jogadores» e
não se vê numa secretária.
Naquele país árabe, a experiência com o ex-médio do
Barcelona foi enriquecedora, disse Gabi. «Partilhar balneário com ele, como jogador
e técnico, foi algo muito positivo. Vinha da maneira de jogar de Simeone e Xavi
é o estilo oposto. Abriu-me a mente.»
Ainda assim, os anos passados com o argentino no Atlético de
Madrid deixaram uma marca mais profunda: «Que estilo prefiro? Fico no meio
[riu-se]. É óbvio que tenho mais coisas de Simeone, ele tirou o melhor de mim,
ganhei muitas coisas e fiz parte dessa equipa ambiciosa. Não éramos os melhores
tecnicamente, mas éramos os maiores em crença. Vou mais por Simeone, claro.»
O antigo jogador dos colchoneros foi ainda questionado sobre se conseguiu convencer Xavi com a ideia que trazia do Atlético de Madrid. «Impossível», respondeu Gabi. «Xavi ganhou sempre com a sua ideia, por isso não concebe o futebol de outra forma», rematou.
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