A seleção portuguesa de futebol de rua conquistou o terceiro lugar no Campeonato do Mundo, que decorreu durante uma semana em Amesterdão, alcançando a segunda melhor classificação de sempre, anunciou a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Os portugueses venceram, no sábado, o Brasil no desempate por penáltis, depois de um empate a dois golos, mas foram afastados nas meias-finais, também nos penáltis, pelo México, que venceu a competição em masculinos e femininos.
"Portugal, que já marcou presença numa final, conseguiu assim a segunda melhor classificação de sempre", sublinha a FPF num comunicado publicado no seu site.
Os oito jovens que defenderam a bandeira portuguesa foram selecionados através de torneios regionais no primeiro semestre deste ano e que envolveram 900 participantes.
A prova, que foi disputada na capital holandesa, entre 12 e 19 de setembro, e juntou equipas de 49 países, é uma iniciativa de inclusão pelo desporto que começou em 2003 e na qual Portugal participa desde 2004 através da associação CAIS, também conhecida pela revista com o mesmo nome e que se destina a apoiar os sem-abrigo.
Conhecido no passado como o campeonato dos "sem-abrigo", a iniciativa é um projeto internacional que junta pessoas que são acompanhadas por Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e por projetos de cariz social que com eles trabalham.
Antes da partida para a Holanda, o coordenador do projeto Futebol de Rua, Gonçalo Santos, explicou que os jovens não são sem-abrigo: "O denominador comum é que todos são pessoas que são acompanhadas por Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e projetos de cariz social que com eles trabalham no seu projeto de vida para melhorar, quer as suas condições de vida, quer a do agregado".
Segundo a associação Cais, esta competição de futebol inclusivo promove o acesso ao desporto e coloca em prática as competências pessoais e sociais, indispensáveis à capacitação e integração social.
Tem como objetivos "promover a participação, a mudança, a autoestima e a dignidade de cada participante fora do ambiente institucional e de intervenção tradicional", de acordo com a associação que tem como missão "contribuir para o melhoramento global das condições de vida de pessoas sem casa/lar, social e economicamente vulneráveis, em situação de privação, exclusão e risco".
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