Quem segue a página de Emmanuel Adebayor no Facebook tem reparado que o avançado do Tottenham se tem dedicado a partilhar através daquela rede social vários episódios da "guerra familiar" que enfrenta nos últimos tempos. Roubos de camisolas e de dinheiro, ameaças e até facas apontadas ao jogador. Tudo entra numa espécie de autobiografia que o avançado do Tottenham tem feito questão de publicar na sua página oficial, "para que todos saibam o que se passou".
O mais recente episódio revelado passou-se quando Adebayor se transferiu para o Monaco, em 2003. "Um dia, foram [Kola e Peter] visitar-me ao Monaco e nem me avisaram. Chego do treino e já os tinha lá em casa. Discutimos, porque eles queriam começar um negócio de carros. Mas, claro, era algo que envolvia muito dinheiro. Mas disse-lhes que os ajudaria quando recebesse o meu próximo salário. (...) Num outro dia, depois do treino, estava tão cansado e decidi dormir um pouco. Quando acordo, tinha uma faca encostada à minha garganta. Os meus irmaõs estavam ali, a gritar porque eu lhes estava a fazer perder tempo. O Peter estava chateado e o Kola apoiava-o", revelou, dizendo que depois conseguiu "só Deus sabe como" arranjar o dinheiro necessário para o que os seus irmãos precisavam.
Os roubos constantes
Antes, há cerca de uma semana, Adebayor partilhou uma outra parte da história, a envolver um outro irmão: Rotimi. Segundo o avançado do Tottenham, este seu irmão roubou-lhe e vendeu várias camisolas, de Marc-Vivien Foé e Zinedine Zidane, entre outros. Além destes objetos, Rotimi terá vendido por 800 euros um colar que Adebayor terá comprado à sua mãe (por 45 mil euros). Mas os roubos não pararam ali.
Depois, Emmanuel terá decidido levar Rotini para França. "Coloquei-o numa das melhores academias do país, mas já sabem como a história acaba. Roubou os telemóveis de vários colegas. (...) O filho do Jacques Songo’o estava nessa mesma academia e foi roubado pelo meu irmão, que lhe levou uma PSP. O Jacques ligou-me muito irritado a dizer-me o que se passou. Liguei para ele e disse-me que se tinha esquecido da PSP na sua mala. Mas como pode alguém esquecer-se de algo que não é seu e levá-lo de França para o Togo?", questionou.
Ainda no Monaco, Adebayor terá recolhido um "saco cheio de chuteiras para ajudar as pessoas em África". "Era um saco enorme", recorda. "Levei-o para o Togo e, passados uns dias, decidi dá-las a quem precisava, mas reparei que o saco já não estava onde o tinha deixado. Depois descobri que o meu irmão as tinha vendido".
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