No Vojvodina Novi Sad, da Sérvia, ganhar não chega. É preciso ganhar por uma diferença considerável. E a jogar bem.Quando se diz que os treinadores estão muito dependentes dos resultados, é preciso excluir este clube sérvio, atual líder do campeonato local. Ali não são apenas os resultados que contam. São os números e as performances qualitativas.
Zlatomir Zagorcic era, aparentemente, um treinador tranquilo. Liderava o campeonato com dez pontos em quatro jogos, fruto de um empate a abrir e três triunfos de rajada, depois. O pior é que foram todos por 1-0 e a direção não ficou satisfeita.
«Analisámos as nossas performances durante a pausa para jogarem as seleções e sentimos que devíamos ter jogado melhor futebol contra três rivais que era mais fracos do que nós. Ganhámos por muito pouco», afirmou o presidente do Vojvodina, Miodrag Pantelic, em conferência de imprensa.
Esta serviu para anunciar a saída do treinador que lidera o campeonato sérvio. Para o seu lugar chega Nebojsa Vignjevic, um antigo avançado que a direção acredita ter a chave para as vitórias...mais confortáveis.
«Não estávamos a jogar bem», continuou o dirigente. «Sentimos que precisávamos de um treinador novo para os próximos desafios, com rivais mais fortes. Temos uma boa equipa, capaz de produzir melhor futebol e essa é a nossa prioridade, porque não podemos pedir ao nosso treinador que ganhe títulos a qualquer custo», afirmou Pantelic.
Em suma, para o Vojvodina Novi Sad, duas vezes campeão na antiga Juguslávia e terceiro clube local, atrás de Partizan e Estrela vermelha, mais importante do que ganhar é jogar bem. Uma mentalidade que não é fácil de encontrar nos dias de hoje. Mas que custou o lugar a um treinador.
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