O derby de Atenas confirmou as piores expetativas: foi interrompido duas vezes e não chegou ao fim. As ameaças apontavam de resto para um jogo de risco elevadíssimo. Houve confrontos antes do jogo começar, ao intervalo e aos 83 minutos. O árbitro achou que bastava e finalizou a partida.
Dos confrontos resultaram três polícias feridos e riscos de uma série punição para o Panathinaikos. Foram os adeptos da formação de Jesualdo Ferreira que provocaram o caos, até porque não havia adeptos do Olympiakos dentro do estádio: tinham sido proibidos de entrar para evitar distúrbios.
Os adeptos do Pana envolveram-se em confrontos com a polícia ao intervalo e invadiram o relvado quando estava quase no fim. De acordo com o relato dos jornais gregos, a incapacidade de chegar ao triunfo fundamental para manter a luta pelo título acesa levou os adeptos a invadir o campo.
Antes disso, ao intervalo, os adeptos tinham entrado numa batalha campal com as forças policiais, utilizando paus, cadeiras e engenhos pirotécnicos, aos quais a polícia respondeu com gás lacrimogénio. Há registos de 57 detenções e muitos feridos, sendo três deles agentes da polícia.
Ora o Panathianaikos, que vinha de duas derrotas consecutivas que o tiraram do primeiro lugar e o deixaram a quatro pontos do rival Olympiakos, sabia que só a vitória interessava: diminuia a distância para um ponto e lançava o campeonato para as cinco jornadas finais da liga grega.
O Olympiakos vencia por 1-0 e controlava a partida perante a incapacidade do adversário criar perigo. Um golo de Abdoun, aos 51 minutos, deixava a formação de Marcelo Valverde muito perto de sentenciar a luta pelo título. Foi por isso que os adeptos do Panathinaikos invadiram o relvado.
Passado pouco tempo, o juiz deu a partida por suspensa. Agora cabe às autoridades decidir o que fazer: é quase certo que o Pana vai ser punido e o Olympaikos ficará com a vitória, que quase lhe permite celebrar o título: são sete pontos de avanço a cinco jornadas do fim.
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