Enquanto jogador teve apenas duas camisolas: Benfica e Vitória de Setúbal. Falamos de Jaime Graça, médio talentoso na década de 60, que faleceu ontem, aos 70 anos, vitima de doença prolongada.
O futebol português fica mais pobre com o desaparecimento de um jogador que no currículo conta com a presença na seleção dos Magriços, que em 1966 deslumbrou o mundo do futebol com o 3º lugar no Mundial de Inglaterra.
Jaime da Silva Graça nasceu em Setúbal, a 10 de janeiro de 1942. Foi no Sado que começou a dar os primeiros pontapés com o seu irmão Emídio Graça, com 21 anos, já um dos médios mais conceituados do Vitória de Setúbal.
Em 1961/1962, com apenas 20 anos, Jaime Graça é um dos titulares nos sadinos, equipa finalista na Taça de Portugal, que acabaria derrotada, por 0-3, com o Benfica.
Aos 23 anos foi um dos escolhidos para a fase final do Mundial de 1966, prova onde mostrou ser um dos melhores médios da atualidade. E, diga-se, haveria de ser em pleno mundial que se tornou jogador do Benfica a partir de 1966/1967.
Seguiu-se um longo percurso nos encarnados onde foi peça fundamental da equipa, de elevada capacidade técnica, um maestro.
Titular indiscutível, como sub-capitão, teve oportunidade de subir de posto pela ausência do capitão Simões, na final da Taça de Portugal, em 1971/72, quando o Benfica venceu, por 3-2, após prolongamento, com três golos de Eusébio (15 dias mais novo que Jaime Graça), o Sporting.
Apenas um dos muitos orgulhos de Jaime Graça que desapareceu esta terça-feira. Depois de deixar os relvados, Jaime Graça chegou a ser um dos adjuntos de José Torres na Selecção Nacional durante o Mundial do México, vinte anos depois dos «Magriços».
Haveria de terminar no Benfica para integrar o conjunto de técnicos do futebol juvenil.
Palmarés: Dez títulos oficiais
Benfica:
Campeão Nacional - 1966/1967- 1967/1968- 1968/1969- 1970/1971- 1971/1972- 1974/1975
Taça de Portugal - 1968/69, 1969/70 e 1971/72
V. Setúbal:
Taça de Portugal - 1964/65
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