A arbitragem no México continua debaixo de fogo. Depois de há duas semanas um árbitro ter sido punido por ter mostrado dois cartões em simultânio, agora a polémica prossegue depois de um árbitro ter validado um golo com a mão no escaldante empate entre o Cruz Azul e o Atlante (2-2).
O Atlante vencia por 2-1 a quatro minutos do final quando o Cruz Azul empatou num lance em que o argentino Emanuel Villa marcou com a mão. O árbitro não viu a infracção e validou o golo, mas o avançado reconheceu, no final do jogo, que o golo não foi legal. «Foi uma jogada muito rápida, mas a mão existiu. Pedi desculpa ao árbitro, disse que não tive a intenção e que agi por instinto», destacou o jogador.
Emanuel Villa acabou por ser castigado com uma multa e um jogo de suspensão por falta de «fair-play», mas o castigo não deixou ninguém satisfeito, nem ao avançado, nem ao adversário. «Não é justo que me castiguem, a minha intenção não foi tocar na bola com a mão. Não tive noção do tempo. Nunca fui aldrabão. Vou falar com a direcção do meu clube para ver o que podemos fazer», destacou.
O Atlante, por seu lado, considera-se prejudicado e defende que o castigo ao avançado, só por si, não repõe a justiça. «Preferia que nos devolvessem os pontos. Seria bonito ter um Atlante protagonista nos primeiros lugares, uma equipa que joga bom futebol e que é treinada por um jovem treinador», atirou o presidente José Antonio García.
Há um golo marcado com a mão por um argentino que faz parte da história do futebol, mas este só veio incendiar o ambiente em redor dos árbitros no México.
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