Um lance insólito criou dúvidas em todos os que assistiam ao jogo da Liga do Futuro entre o Varzim e o Guimarães, que terminou empatado a duas bolas. O árbitro Raul Valega assinalou grande penalidade a favor do Vitória, mostrando cartão amarelo por protestos a Avelino, guardião do Varzim. Até aqui nada de novo. Douglas foi chamado a converter o castigo máximo. Quando partiu para a bola, e no momento em que se preparava para rematar, o guarda-redes levantou o braço direito, como que a pedir para esperar, o que terá confundido o avançado, que abrandou a corrida e passou por cima do esférico. O árbitro admoestou o brasileiro com cartão amarelo e foi assinalado livre contra o V. Guimarães, não chegando a ser marcado o penalty. Os vimaranenses bem protestaram e, ao intervalo, a discussão foi acesa entre Douglas, Neno, treinador de guarda-redes do Vitória, e o árbitro, mas de nada lhes valeu. No final da partida em que apontou dois golos, Douglas acabou expulso por palavras.
O ex-árbitro internacional Pedro Henriques comentou o lance ao Maisfutebol. «Partindo do princípio de que nem o árbitro nem o juiz de linha viram o gesto do guarda-redes, a decisão foi correcta porque na hora em que é obrigatório rematar, o jogador tem de o fazer senão é considerado comportamento anti-desportivo. Esse comportamento é punível com cartão amarelo e livre indirecto», explica. Depois de ver o lance, contudo, Pedro Henriques identifica duas outras irregularidades. Primeiro, «o guarda-redes adiantou-se antes de a bola ser batida», depois também «houve invasão da área por um jogador do V. Guimarães».
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