International Board recusa Nova Tecnologia

Dois sistemas testados para apurar se a bola cruza a linha de golo na totalidade - olho de falcão e chip na bola - foram rejeitados, mas a existência de um árbitro adicional ainda é possibilidade.

Os membros do Internacional Board da FIFA anunciaram ontem, após uma reunião em Zurique, na Suíça, que se mantém a não introdução de ajudas tecnológicas nos regulamentos e nas Leis do Futebol.

Foram rejeitados os dois sistemas sugeridos e já testados para apurar se a bola cruza na totalidade a linha de golo: o Olho de Falcão, forma digital de acompanhar a bola e já utilizado no ténis; e o Cairos, que basicamente consiste na introdução de um chip dentro da bola.

O secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke, reiterou a posição de que «a tecnologia não deve entrar no jogo» para preservar o futebol como «um jogo humano». Porém, fontes próximas do Internacional Board garantem que a decisão não foi unânime embora tenha sido tomada por maioria.

A proposta tecnológica havia sido apresentada há dois anos, mas a mão do francês Thierry Henry (ajeitou a bola com a mão para o golo de Gallas) que deixou a Irlanda treinada por Trapattoni fora do Mundial da África do Sul, deu mais força ao tema e levou à reunião de ontem. «A tecnologia esteve congelada, mas esta decisão não a congela, mas pára-a», sublinhou Jerome Valcke.

Os árbitros continuam, assim, a ter a responsabilidade de decidir nos lances duvidosos, sem ajudas.

Os conselheiros do Internacional Board voltam a reunir-se nos próximos dias 17 e 18 de Maio, altura em que se vai discutir e decidir sobre, por exemplo, a utilização de árbitros adicionais (em princípio apenas mais um) atrás de cada uma das balizas - o sistema tem sido experimentado nos jogos de Liga Europa desta temporada e poderá aplicar-se já na nova época, em todo o Mundo.

Na mesma reunião serão analisadas as faltas passíveis de expulsão em lances de golo iminente e existe a possibilidade de a cada lance de penalty corresponder sempre expulsão. As paradinhas na marcação de grandes penalidades e o papel do 4.º árbitro estarão igualmente em cima na mesa.