Ronnie Biggs, o ladrão do comboio de Glasgow em 1963, um dos atos criminosos mais célebres no Reino Unido que ficou conhecido por "roubo do século", e que durante mais de 30 anos foi apelidado de inimigo público n.º 1 da Scotland Yard, voltou a ser notícia, mas desta vez por motivos bem diferentes. Segundo conta o "Evening Stardard", no passado mês de agosto, quando estava prestes a cumprir o 80.º aniversário, foi colocado em liberdade e ingressou no lar de idosos por motivos humanitários, já que, segundo os médicos, teria apenas alguma semanas de vida, face a uma grave pneumonia.
Só que, dois meses depois, o cérebro do famoso assalto que rendeu 3 milhões de euros, encontra-se de boa saúde. De tal forma, que se sente em condições de concretizar um dos seus maiores desejos durante os 37 anos em que permaceceu fugitivo: ver jogar o Arsenal, sua equipa favorita, pelo menos uma vez antes de morrer.
Para já, Biggs teve oportunidade de ver a sua equipa de eleição na televisão, frente ao Tottenham (3-0), em casa do filho Michael, em Londres. Ao vivo, será mais difícil, como reconhece o filho: "Teria de levá-lo na cadeira de rodas e, além disso, não pode ausentar-se durante muito tempo do asilo. Poderia contrauir uma infeção e morrer em 24 horas".
Biggs foi condenado, em janeiro de 1964, a 30 anos de prisão, mas 15 meses após começar a cumprir a sentença, conseguiu evadir-se de Wandsworth (Londres), após escalar um muros com 10 metros de altura. Durante 30 anos, viveu na Austrália e no Brasil, regressando a Inglaterra em 2001 de livre vontade.
Sem comentários:
Enviar um comentário