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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Fernando eleito treinador da Década na Grécia

O técnico português Fernando Santos, actualmente a treinar o PAOK de Salónica, foi eleito o treinador da década, na Grécia, numa iniciativa levada a cabo pela Liga de futebol daquele país.

Fernando Santos chegou à Grécia em 2001, para treinar o AEK de Atenas, e, desde então, passou pelo Panathinaikos, regressou ao AEK e está agora no PAOK. Pelo meio ainda voltou a Portugal onde fechou um ciclo: depois de orientar o F.C. Porto, esteve ao comando de Sporting e Benfica.

Fernando Santos garantiu «sentir-se em casa» na Grécia, ao mesmo tempo que se mostra bastante agradado com a distinção. «Naturalmente é uma grande satisfação. Todos os treinadores querem títulos e este, sendo uma distinção de uma década, deixa-me muito satisfeito. É o reconhecimento do trabalho que fiz para o desenvolvimento do futebol grego», lembrou.

E, para o técnico, não há grande diferença entre esta distinção e um troféu ganho com um clube: «Títulos são títulos. E quando se fala de eleger o melhor treinador num período de dez anos, é natural que seja uma distinção que tenha peso para mim.»

«Treinar os três grandes é sinal de reconhecimento»

A carreira de Fernando Santos como treinador é digna de registo. Em Portugal será sempre lembrado como o «engenheiro do Penta» e, mesmo que seja na Grécia, onde já foi «três vezes eleito treinador do ano» que venceu grande parte das distinções individuais, o técnico não acha que seja pouco reconhecido no seu país.

«Eu acho que fui reconhecido tanto na Grécia como em Portugal. É verdade que recebi mais distinções cá na Grécia. Mas em Portugal treinei os três grandes. Sou o único treinador português que o fez. Para isso acontecer tem de haver algum reconhecimento, pelo menos por parte de quem dirige. Depois de treinar o F.C. Porto, à partida seria difícil ser escolhido para outro clube grande. Se o fui é porque há reconhecimento», lembra.

Para o técnico a diferença está apenas na forma como é visto pelo público dos dois países. Ironicamente, pelo mesmo motivo. «Penso que a diferença em relação à forma como os adeptos me vêm também se deve a ter treinado os três grandes. Chega a ser irónico. Mas julgo que não é por aí. Não posso considerar que não sou reconhecido no meu país», resumiu.

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